🔎  ESTUDO DE CASO

Sabe o que o pai de Bill Gates tem a ver com a Starbucks?

Tudo começou em 1971, quando três amigos fundaram a Starbucks em Seattle. O negócio era vender grãos de café premium e equipamentos, nada a ver com o que é hoje.

Em 1982, Howard Schultz foi contratado como executivo de marketing e, pouco tempo depois, uma viagem à Itália mudou tudo. Inspirado pelas cafeterias locais, ele propôs criar um espaço onde o café fosse uma experiência, mas os sócios rejeitaram a ideia.

Sem desistir, Schultz abriu sua própria cafeteria, Il Giornale, em 1985. O conceito foi um sucesso. Dois anos depois os fundadores decidiram vender a Starbucks, pois o modelo original não estava tracionando.

O preço para levar a empresa era $3,8 milhões de dólares. Eles garantiram a preferência ao Schultz e deram 60 dias para fechar o negócio.

Mas tinha um pequeno problema. Ele não tinha dinheiro.

Mesmo assim, aceitou o desafio e foi levantar capital. Em poucas semanas, havia arrecadado apenas um terço do valor. A situação piorou quando um dos seus investidores, agindo pelas costas, tentou comprar a Starbucks diretamente dos fundadores, oferecendo o valor à vista (em dinheiro).

Foi nesse momento crítico que Bill Gates Sr., pai do fundador da Microsoft, entrou em cena. Apresentado por um amigo em comum, Gates Sr. interveio, literalmente mandando o espertão se afastar do negócio.

Com a ajuda dos Gates (pai e filho) e do fundador da Staples, Tom Stemberg, Schultz conseguiu levantar o valor e comprou a Starbucks.

O resto é história. Em 2024, a Starbucks fecha o ano com US$ 37 bilhões de faturamento, quase 40 mil lojas ao redor do mundo e um valor de mercado estimado em US$ 115 bilhões.

🎙️  PODCAST

Guilherme Carvalho, CFO da OLX.

Aprenda como pensam e agem os executivos de M&A dentro da uma corporação. Dono de uma experiência única, o Guilherme foi um dos líderes financeiros no time de M&A da Prosus - dona do iFood e de dezenas de tech players globais. Hoje é CFO da OLX no Brasil. Ele abre a caixa preta sobre como funciona uma transação de gigante comprando (ou investindo) em startups.

🎯  LIÇÕES APRENDIDAS

Empresa não é família.

Quando seu filho/a reprova na escola, significa baixa performance. Isso te custa mais um ano de mensalidades. Nem por isso você expulsa ele/a de casa.

Quando você está emocionalmente abalado, seus irmãos te dão apoio e te jogam pra cima. Seus sócios provavelmente vão achar que é corpo mole e te botar pra fora.

Quando você decide largar a faculdade para começar outra carreira, mesmo que isso signifique anos perdidos, seus pais estarão do seu lado e farão o (im)possível para ajudar. Seus investidores vão pular fora.

Está tudo bem. Faz parte do jogo.

  • Seus investidores não são seus pais.

  • Seus sócios não são seus irmãos.

  • Seus colaboradores não são seus filhos.

Empresa é lugar de gente adulta e profissional. Idealmente com objetivos em comum e interesses alinhados. Esse alinhamento depende de cada um garantir a segurança e prosperidade da sua família.

📚  LIVRO DA SEMANA

De Zero a Um, Peter Thiel.

A teoria econômica trabalha (basicamente) com dois modelos opostos para descrever o funcionamento dos mercados: concorrência perfeita e monopólio.

No livro, o autor defende que monopólios promovem progresso e que ele é base para todo negócio bem sucedido. Além disso, argumenta que:

  • Criar valor não basta; é preciso capturar uma parte dele;

  • Capitalismo e concorrência são opostos: enquanto o capitalismo busca o acúmulo de riqueza, na concorrência perfeita os lucros desaparecem;

  • Ele chega a afirmar que o "ecossistema competitivo leva as pessoas à impiedade ou à morte";

  • Já os monopolistas podem pensar em outras coisas além de ganhar dinheiro, pois o monopólio lhes garante anos ou até décadas de lucro, o que incentiva a inovação;

  • Empresas que vivem em mercados competitivos são irrelevantes para o mundo.

Ainda que eu tenha admiração pelo que construiu e por algumas de suas ideias, acho essa perspectiva bastante perigosa. Na tentativa de simplificar algo altamente complexo, apresenta visão completamente enviesada.

Primeiro ponto: para garantir seu sustento (e fortuna), Thiel depende que as mentes mais brilhantes do mundo acreditem nessa ideia. “Monopólio é bom, desde que eu seja um dos donos”.

O autor descreve monopólios como a solução de mercado, mas ignora os riscos sociais e econômicos. O domínio de um mercado não garante inovação contínua. Pelo contrário, muitos monopólios usam seu poder para controlar preços, limitar escolhas e manipular políticas públicas — prejudicando consumidores e fornecedores.

A competição é essencial para o progresso. Ao contrário do que Thiel afirma, a concorrência saudável incentiva inovação. É sob pressão que empresas criam produtos melhores e mais acessíveis, beneficiando o consumidor.

Monopólios concentram riqueza e poder em poucas mãos, agravando desigualdades. Economias dominadas por monopólios podem colapsar se uma única empresa falhar, sobrando para o governo e os cidadãos pagarem a conta.

Empresas monopolistas muitas vezes usam seu poder para influenciar governos e evitar regulações que poderiam limitar seus lucros — quase sempre em detrimento do interesse público.

É natural que empreendedores e investidores desejem dominar um mercado. Mas acreditar que o monopólio é a condição de todo negócio bem-sucedido é, no mínimo, uma ideia rasa. Mais raso ainda é tentar tropicalizar princípios distorcidos do Vale do Silício.

🧠 PRINCÍPIOS

“Não habite no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente".

💭 Reflexões:⁠

Minha mentalidade é a base de tudo. Se quero prosperar como empreendedor, primeiro acredito que sou empreendedor próspero. Cada ação que tomo é reflexo direto do que eu penso. Na dúvida, não faço. Se for pra fazer, que seja com convicção. Agir com convicção constrói confiança.⁠

Meus pensamentos podem ser grandes aliados ou meus piores inimigos. O cérebro é treinável e devo fazer isso todos os dias, sem falhar. Pela respiração, moldo minha mente no caminho da serenidade. Quando a negatividade vir, observo e deixo ir. Quando a confiança sentir, mergulho e persisto.⁠

Aprendo com lições do passado, mas sei que não posso mudá-lo. Aspiro com um futuro melhor, mas não me perco em sonhos. Uso as duas coisas para guiar minhas ações agora. Estar totalmente presente é garantia de progresso.⁠

Transmitir serenidade é crucial para superar momentos de crise. Se consigo manter a calma diante das adversidades, mostro que sou capaz de lidar com situações difíceis. Sou transparente e autêntico em todas as interações, mesmo que isso desagrade alguém.⁠

Até a próxima! ✌🏼😉

Z

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